To Potami disposto a uma aliança até "com o diabo" para uma Grécia estável

Comissão Europeia quer governo de "grande coligação" para discutir dívida grega. Primeiro debate entre líderes realiza-se hoje.
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Com as sondagens a darem um empate entre o Syriza e a Nova Democracia, o centrista To Potami está disposto a formar um governo de coligação com a esquerda, os conservadores ou até mesmo "com o diabo" para garantir um período de estabilidade na Grécia após as eleições de dia 20.

"O povo grego atingiu o seu limite, a economia estagnou, as desigualdades estão a aumentar. Não podemos mais experimentar e esperar que um de nós ganhe com maioria absoluta. Temos de encontrar uma forma de cooperar e produzir resultados, um governo forte", declarou ontem Stavros Theodorakis em entrevista à agência Reuters.

E para garantir isso, argumenta o líder centrista, o To Potami não levantará grandes obstáculos. "Faremos tudo. Faremos até uma aliança com o diabo, desde que o problema do povo grego seja resolvido", sublinhou o antigo jornalista.

Fundado em fevereiro de 2014, o pró-europeu To Potami (O Rio, em português) causou sensação nas eleições de 25 de janeiro, conseguindo 6,05% dos votos - o equivalente a 17 deputados - na sua estreia em legislativas, tornando-se então a quarta maior força do parlamento helénico.

Desde então perdeu o fulgor de ser um novo partido e as sondagens para as eleições antecipadas do próximo dia 20 dão-lhe uma intenção de voto entre os 4 e os 7%, colando o To Potami na luta pelo terceiro lugar no parlamento com os neonazis da Aurora Dourada e os socialistas do PASOK.

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